quinta-feira, 10 de abril de 2008

Oficinas de reciclados, em Vila Albertina

Unir saúde e educação ambiental por meio de oficinas de materiais recicláveis. Esse é um dos desafios dos ACS da UBS Osvaldo Marçal, na Vila Albertina, onde as duas equipes do PSF estão integradas ao PAVS.

Decididos a pôr em prática o trabalho iniciado no PAVS, em 2007, os ACS criaram o projeto Natureza Viva. A proposta é orientar a comunidade sobre descarte de lixo e aproveitamento de materiais recicláveis como tecidos, óleo de cozinha e garrafas PET.

No dia 9, quarta-feira, foi realizada uma oficina para fabricação de sabão com óleo de cozinha. As próximas oficinas programadas pelo projeto vão incluir criação de tapetes e bolsas com retalhos de tecido e objetos feitos de garrafas PET. Todo o material utilizado nas oficinas é trazido pelos participantes.

Espera-se que a população se aproprie das iniciativas, criando cooperativas e gerando trabalho e renda para suas famílias. O público das oficinas é composto, em sua maioria, por mulheres com mais de 40 anos, todas moradoras da Vila Albertina. “O trabalho com reciclados pode ser revertido em renda para que as oficinas continuem até que possamos ter um parceiro que contribua financeiramente para a continuidade dos trabalhos”, disse o ACS Rogério Florêncio.

No dia 29 de abril haverá um encontro com a comunidade para a apresentação do trabalho que será realizado no espaço do projeto Natureza Viva. A presidente da Associação Amigos da Vila Albertina (AVA), Christina Ielo Bello, conta que a empresa Transcooper cedeu um terreno para a construção da sala que receberá as atividades da AVA e do PAVS. O vice-presidente da Transcooper, Paulo Roberto dos Santos, ressaltou que a iniciativa “vai agregar valores às pessoas da comunidade, que precisam aprender um ofício”.

Reportagem e fotos: Guiné Silva

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Conquistas e desafios

Um balanço positivo e promissor do Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS) foi realizado, sexta-feira, dia 4, em uma reunião entre a coordenação executiva do projeto e as instituições implementadoras parceiras.

O diretor do PAVS, Hélio Neves, e a equipe do projeto receberam Cristina Montenegro, coordenadora do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) no Brasil, e Aldenir Paraguassu, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).

O relatório apresentado pela coordenadora Sandra Magali Barbeiro deu a dimensão do impacto do Projeto na cidade de São Paulo, desde que foi iniciado, em 2007, até o início deste ano: 83 ações de coleta seletiva de lixo; 43 oficinas de educação ambiental; 16 ações de recuperação e limpeza; plantio de mais de 1.700 mudas, entre outras intervenções.

Cristina ressaltou a importância da sustentabilidade do projeto a longo prazo: “Temos que pensar em uma estratégia de saída, de modo a garantir a continuidade do trabalho”. Para Paraguassu, o PAVS representa uma oportunidade da maior importância, na medida em que permite que a comunidade compreenda que a saúde e o meio ambiente são áreas interconectadas, interdependentes, que precisam caminhar juntas.

Reportagem: Áurea Lopes

sexta-feira, 28 de março de 2008

Agentes montam cozinha experimental e organizam atividades para a Terceira Idade



Reaproveitar alimentos, reduzir a quantidade de lixo e tornar a vida da comunidade mais saudável são os objetivos da cozinha experimental dos agentes de saúde da UBS do Jardim São Francisco, na Zona Leste da cidade.

A idéia de reutilizar tudo que seria descartado é resultado da capacitação do PAVS. Após orientação da gestora local, Nailer Rodrigues, 18 agentes da região fizeram um curso no Sesi sobre como aproveitar melhor os ingredientes que muitas vezes são rejeitados. Pensando em dividir o conhecimento, eles decidiram montar uma cozinha experimental para os moradores do bairro.

A iniciativa empolga não apenas os envolvidos na organização do projeto, que ocupa um espaço dentro da Igreja Batista local, mas também todos que acompanham as reuniões mensais As receitas são tiradas do livro do Sesi e o material é adquirido pelos próprios agentes. A cada aula são convidadas para assistir a apresentação cerca de 72 pessoas da comunidade, que aprendem a elaborar bolos, tortas, sucos, entre outras receitas.

“É muito legal, as pessoas vêm aqui e depois, quando vamos até as casas, elas pedem que façamos cópias de outras receitas, diz a agente comunitária Ana Maria Francisco Souza”.

Outra que também se orgulha do trabalho é a agente de saúde Cleonice Oliveira S.Bessa. “Nós montamos o grupo para passar aos outros o que aprendemos. Não adianta eu saber e guardar só para mim”, finaliza.


Espaço para idosos


Ainda em decorrência dos conhecimentos adquiridos no PAVS, os agentes detectaram um grande número de idosos na região do Jardim São Francisco.

Como o bairro não oferecia opções de lazer, cultura e entretenimento para essa população, eles decidiram montar um espaço dedicado à Terceira Idade. Atualmente, cerca de 33 idosos participam de jogos, aulas de dança, além de palestras educativas sobre como viver melhor.

Os agentes articularam desde a escolha do local até a formação do grupo, passando pela reforma da sede. As atividades, quando exigem investimento, são custeadas pela venda de produtos nos bazares. Outra fonte de renda são os bingos realizados na sede.

Agentes da UBS Jardim São Francisco

Nossa São Paulo e PAVS melhorando o desenvolvimento humano

Compartilhar idéias e juntar forças são iniciativas que potencializam um projeto social. Foi exatamente isso que aconteceu, segunda-feira, dia 24, durante a Mesa de Diálogo que compõe o programa de formação do Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS) para 2008.

O Nossa São Paulo participou do encontro com os gestores locais do projeto, com o objetivo de contar quais são suas áreas de atuação e de que modo os estudos realizados pelo movimento podem contribuir para as ações de intervenção locais do PAVS.

Ponte para chegar até a comunidade

Oded Grajew, idealizador do Nossa São Paulo, considerou essencial a contribuição do PAVS para que a cidade atinja melhores índices de desenvolvimento: “Queremos disseminar as informações junto às comunidades, recolher propostas e soluções. O PAVS faz uma ponte entre o movimento e a população, pois trabalha diretamente com os agentes”.

Para César Pegoraro, do GT de Meio Ambiente, e integrante do Instituto Sócio Ambiental (ISA), “é importante deixar de olhar o poder público como controlador e passar a ver as instituições governamentais como parceiras”. No caso do PAVS, disse Pegoraro, é necessário mobilizar os agentes e pensar em soluções para mudar o cenário local.

domingo, 23 de março de 2008

A forma como agimos anuncia o mundo que queremos

Na segunda-feira, dia 17, as equipes do PAVS se depararam com desafios e problemas, temas expostos pelo grupo da Planejação. Problema não é só “falta” e desafio é a visão de onde se quer chegar.

Os sentidos das palavras ganharam novas significações. Com base em uma árvore situacional que os gestores construíram no encontro anterior, foi possível revisar cada passo, observar formulações feitas.

Da Cidade Tiradentes, por exemplo, veio a questão do alto índice de desemprego entre as mulheres. É um meio de entender meio ambiente como uma questão ampla e, nesse caso, cabe outra reflexão em relação ao momento da elaboração de projetos: que valores e elementos da cidadania embutimos no nosso trabalho para ajudar na resolução de questões sociais, até aonde conseguiremos chegar?

“É a forma como eu quero atuar no mundo, na sociedade, que determina se incluo ou não conceitos como esses”, diz o consultor Sérgio. “Ainda que chegássemos numa região em que todos estão empregados , mas que ignoram seus direitos , poderíamos, ainda, incluir conceitos de cidadania permeando a ação a ser proposta”, complementa

Os grupos se alternaram na apresentação de idéias, dúvidas e questionamentos sobre o que se pretende fazer nesta fase do PAVS. E todos saíram com pensamentos novos, soluções a serem aplicadas de acordo com cada realidade e possibilidades.

Plantio de árvores faz a diferença na Vila Nova Galvão

Deixar o bairro mais bonito e melhorar as condições do ar na região: para atingir esses objetivos, moradores e agentes comunitários se uniram em um mutirão de plantio de árvores pelas ruas Vila Nova Galvão, na zona Norte da cidade.

Pensando em como aplicar o que havia sido aprendido na formação do PAVS, 14 agentes decidiram tornar mais verdes os arredores da UBS. Inicialmente, fizeram uma horta dentro da própria unidade de saúde. Na seqüência, em conjunto com a Associação de Moradores do Bairro e com o Centro de Integração da Comunidade, começaram o plantio das espécies.

As mudas foram oferecidas pela prefeitura, por meio de uma ONG, que também é responsável pela poda e demais cuidados. O resultado foi tão positivo que a comunidade resolveu colaborar e aderiu ao projeto, o que fez com que os agentes perdessem a conta do total plantado.

“Nós começamos com 50 mudinhas, de sete tipos diferentes de árvores, mas agora não sei a quantidade exata. Os vizinhos deram continuidade ao nosso trabalho”, explica o agente comunitário César Augusto de Campos.

O resultado, segundo César, é gratificante: “Algumas pessoas reclamam que nós ocupamos o lugar delas andarem nas calçadas, mas a maioria aprova. As árvores vieram para melhorar a qualidade do ar que respiramos aqui na região”.

Agente Comunitário faz projeto para restaurar praça no Brás

Pensando em deixar a entrada de um albergue do Brás mais agradável, o agente comunitário Carlos Alberto Pinheiro teve a idéia de reformar uma praça que fica no local.

O projeto inicial é plantar chás e ervas aromáticas, além de flores. No entanto, para colocá-lo em prática, ainda falta a captação de recursos financeiros. Estão envolvidos na ação cinco agentes comunitários, sob a supervisão das gestoras locais, Rosemeyre Cardoso Leite e Nailer Rodrigues.

Segundo Rosemeyre, é importante unificar as forças para que a iniciativa dê certo. “É preciso juntar os agentes de rua e de saúde para fazer tudo funcionar”, afirma.

Uma outra preocupação, além da verba, é a qualidade do solo. Consta do projeto uma análise para saber se a terra é própria para cultivo de espécies para consumo humano.

“Quero que as pessoas possam sentir um aroma gostoso ao chegar aqui em frente. Mas se não for possível, tudo bem. Vamos colocar flores bonitas e não qualquer mato”, diz Carlos Alberto.


Sobre o lugar

A praça, que hoje está abandonada, é a primeira visão que as pessoas têm ao chegar no final da Rua Monsenhor Andrade, 746, no Brás, onde está a Casa Restaura – pertencente à instituição Católica Associação Aliança de Misericórdia.

A casa atende diariamente de 100 a 120 pessoas que vão até lá em busca de acolhida e encontram comida, banho, psicólogo, médicos, dentista, entre outros serviços. A casa não recebe verbas do governo e todos os serviços são gratuitos, sendo cobrada apenas uma “moeda social”, que são latas de alumínio.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Latinos discutem mudanças climáticas em encontro no Ibirapuera

Analisar as variações do clima e as suas conseqüências para o planeta foi tarefa para os participantes do III Encontro Latino - Americano e Caribenho, que este ano teve como tema “Mudanças Climáticas: Discutir o Presente para Garantir o Futuro”.

O evento, realizado na sexta-feira, 14, no Auditório Ibirapuera, contou com a presença de Xico Graziano, secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e vice-presidente para a América Latina e Caribe da Rede de Governos.

Regionais para o Desenvolvimento Sustentável – nrg4SD; Esther Larrañaga, conselheira de Meio Ambiente e Ordenação do Território do Governo Basco - Co-Presidenta da nrg4SD e Ricardo Sánchez Sosa, diretor regional PNUMA para a América Latina e o Caribe; Tasneem Essop, ministra do Meio Ambiente e Planejamento Econômico da Província de Western Cape, na África do Sul, e co - presidenta da Rede nrg4SD.

A programação teve ainda palestras e debates sobre o etanol, os esforços dos países latinos, as mudanças globais nos cinco continentes.

Arte popular deixa rua mais bonita no Cambuci

A união e a força de vontade fizeram a diferença em um escadão que liga o Cambuci ao Parque Dom Pedro.

Os agentes comunitários do bairro, sob a consultoria de artista plástico, fizeram uma reforma em parte de uma escadaria do bairro. Foram utilizados azulejos, vidros e outros materiais recicláveis para formar os mosaicos que deram uma cara nova ao antigo paredão de concreto. No local, a população conta também com uma biblioteca a céu aberto e um espaço recreativo para crianças.

A gestora regional do Centro-oeste Eveline Lima, conta que a obra foi um sucesso. “Antes as pessoas tinham medo de passar pelo lugar, que é uma área de ligação para parques e escolas. Agora não tem mais isso.”

O resultado foi tão positivo que já há um projeto para estender a reforma por todo o escadão.

Dia de formação e inauguração da Sala Verde

Promover a emancipação e a inclusão social de famílias mais vulneráveis é o objetivo do Programa Ação Família, criado pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS).

Ao participar de uma das mesas de diálogos da formação do PAVS, na segunda-feira, 10, a coordenadora do projeto, Ligia Pimenta, explicou como funciona o Ação Família e fortaleceu a idéia de um trabalho em conjunto com todas as ações que são realizadas nas comunidades, inclusive o PAVS.

Segundo ela, é necessário realizar um trabalho social integrado para que as famílias atendidas não fiquem confusas com o excesso de agentes, assuntos e ações.

O gestor local do Butantã, Valdir Pereira Nunes, concorda e ressalta a importância da articulação na região em que atua. “A capacitação já foi feita, mas muitas vezes falta sintonia entre as partes envolvidas nos trabalhos”, afirma.

Serviços para a família

O programa Ação Família foi idealizado pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), com o objetivo de estabelecer uma ponte entre a população e os serviços governamentais e não-governamentais, como saúde, educação, cultura, esporte, atividades comunitárias, entre outros.

Além de receber a visita domiciliar do Agente de Proteção Social, as famílias participam de palestras, encontros, cursos e oficinas para discussão de temas como Vida em Família, Família na comunidade e Vida de Direitos e Deveres. As atividades são desenvolvidas por profissionais capacitados.



COMPENSAÇÃO AMBIENTAL
Ainda na segunda-feira, o coordenador da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), Pedro Agustín Céspedes Perez, falou sobre a atuação da SVMA na Compensação Ambiental. A compensação, explicou Perez, se dá quando a implantação de um empreendimento causa grande ou médio impacto ambiental. A empresa responsável pela obra precisa devolver alguma melhoria para a cidade por meio de alguma “obra verde” para o bairro.

“Um modelo dessa compensação é o Parque Linear do Sapê, no Butantã, que foi uma obra de empresas que foram responsáveis por danos ambientais”.

A escolha do lugar que receberá a compensação e a fiscalização são feitos por uma Câmara especial da SVMA. Segundo o coordenador, os resultados são bastante visíveis.



SALA VERDE
A Sala Verde do Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS) já está funcionando e aberta ao público. Inaugurada dia 10, com a presença de integrantes do projeto, a Sala foi criada para abrigar troca de saberes, reflexão, planejamento, articulação e disseminação de informações, práticas e valores que integrem ações de saúde, meio ambiente, educação, desenvolvimento social e cultura de paz, entre outros. Temas que integram os eixos temáticos do PAVS. Vale a pena conferir.

Os interessados em realizar exposições na Sala Verde devem entrar em contato pelo telefone: (11) 5081-6154 ou pelo e-mail: salaverdecentralfaleconosco@yahoo.com.br
*Credito das fotos: Nilda Rodrigues

sexta-feira, 7 de março de 2008

São Paulo ganha Sala Verde

O projeto “Salas Verdes” foi implementado com o intuito de oferecer um espaço que proporcione a mobilização de atores, instituições e ações compartilhadas entre diversos públicos, um apoio precioso para iniciativas que visem a qualidade de vida na capital paulista.

A Sala Verde do Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS), que será aberta na segunda-feira, dia 10, às 14h30, vai abrigar a troca de saberes, reflexão, planejamento, articulação e disseminação de informações, práticas e valores que integrem ações de saúde, meio ambiente, educação, desenvolvimento social e cultura de paz, entre outros. Temas que integram os eixos temáticos do PAVS.

De acordo com o coordenador das salas, Maurício Herrera Acuña, o objetivo é que a Sala Verde sirva como um complemento ao espaço e que também possa dar mais visibilidade aos projetos e ações que serão realizados nos ambientes vizinhos. “A expectativa é que a sala seja usada tanto na parte física quanto na virtual por pessoas que atuam na área da saúde e do meio ambiente, mas também seja um espaço que os usuários possam encontrar informações que estão acontecendo aqui no território”, explica.

A Sala Verde central, que fica dentro do Parque do Ibirapuera, dispõe de serviços gratuitos. No local também haverá debates, exposições, fóruns, palestras e encontros referentes à temática da sustentabilidade.

Evolução do Projeto Salas Verdes
Futuramente, o projeto objetiva ampliar o número de Salas Verdes, no âmbito municipal, para as cinco Coordenadorias Regionais da Secretaria Municipal de Saúde, para as treze Coordenadorias da Secretaria Municipal de Educação e para todas as trinta e uma Subprefeituras da cidade de São Paulo. A formação de redes de intercâmbio, incluindo as bibliotecas das escolas da capital, tem como meta contribuir para a ampliação da temática ambiental dos acervos.

Como participar:
- Doando publicações sobre a temática ambiental, saúde, cidadania, cultura de paz, etc.
- Consultando as publicações virtuais do projeto e indicando para outros
- Apontando soluções para os projetos disseminados no banco de projetos
- Disponibilizando conteúdos virtuais, ou não, sobre as temáticas.

Secretário do Meio Ambiente entrega certificado de participação em projeto


Em uma região carente, iniciativas para deixar a cidade mais verde merecem destaque. A gestora local Ângela Neves, do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam), recebeu das mãos do secretário do Verde e Meio Ambiente (SVMA), Eduardo Jorge, na sexta-feira, 29 de fevereiro, o certificado por participação no projeto “Um Lugar Melhor para Viver”, no Jardim Aracati, na zona Sul da cidade.

O projeto reuniu voluntários da comunidade que receberam treinamento de cerca de um mês na Sabesp, na Eletropaulo e na SVMA. Segundo o representante do Conselho de Desenvolvimento Local e Participativo do bairro, Edson Correa, o projeto surgiu na comunidade e foi feito em conjunto com a prefeitura e SVMA.

A população plantou e também cuidou das árvores do bairro, intervenção que contribuiu para melhorias na região. “As árvores não são apenas importantes para a qualidade do ar, mas também para melhorar a estética, deixar mais agradável o lugar onde a gente vive”, explica Ângela.

Foram plantadas mais de três mil árvores nos bairros do Jd. Aracati, Cidade Ipava, Recreio Vila Gilda, Bela Vista e Miami Paulista. De acordo com a gestora, o projeto deve ser estendido aos bairros vizinhos. “Temos que realizar os projetos com a comunidade e para a comunidade”, conclui.

Uma árvore para resolver problemas

Photobucket


Um único problema apresenta muitas causas e desdobramentos. Identificá-los foi a tarefa proposta aos gestores locais e regionais, segunda-feira, dia 3, durante a atividade de Planejação.

Temas como arborização, resíduos sólidos, geração de renda e alimentação saudável, foram mapeados em forma de árvore, para que os gestores encontrassem os "nós críticos" de cada problema principal. Os nós críticos são questões -chave que, uma vez resolvidas, solucionam diversas outras relacionadas a ela.

Segundo Sérgio de Arruda Sampaio, mestre em Administração Pública e consultor do PAVS, ter uma árvore de problemas em mãos é bastante útil em negociações com os diversos atores de uma região. Ela explica que, embora os gestores locais não tenham autonomia de governabilidade para transformar certas realidades, eleger nós críticos é uma forma de ver com clareza quem pode agir sobre aspectos problemáticos em uma comunidade.

A construção da árvore de problemas é uma técnica utilizada no método de Planejamento Estratégico Situacional (PES) do economista chileno Carlos Matus , ministro da Fazenda durante o governo de Salvador Allende , de 1965 a 1970. As primeiras idéias do PES foram rascunhadas entre 1973 e 1975, período que Matus passou no cárcere como preso político.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Compras verdes

Gestores locais debatem projeto do ICLEI


Laura Valente: resultados de pesquisas deverão ser aplicados na cidade de São Paulo

Convidada para uma mesa de debate na formação da segunda-feira, 25, a equipe do ICLEI apresentou aos gestores locais seu trabalho dentro do PAVS. A diretora regional da instituição na América Latina, Laura Valente, acompanhada de Vicente Manzione Filho, Angélica Pretto e Carla Borges, falou sobre a missão da organização. Também foram apresentados os estudos “Mudanças Climáticas” e “Compras Verdes”.

O resultado da pesquisa sobre mudanças climáticas em São Paulo foi transformado em anteprojeto de lei e encaminhado à Câmara Municipal de São Paulo. O documento sobre as compras públicas verdes ainda não foi finalizado e por isso recebeu diversas contribuições dos gestores do PAVS, durante a apresentação. Elaborado com o objetivo de revisar a Lei Municipal de Licitação (Lei nº 13.278/02), esse trabalho visa incluir a questão da sustentabilidade entre os pré-requisitos dos processos licitatórios.

Jussara Cássia, da Associação Congregação Santa Catarina, e Camila Bianchi, da Unifesp, falaram sobre a importância de incluir as cooperativas como potenciais fornecedores à administração pública. Potira Preiss, também da Unifesp, reforçou a idéia, dando o exemplo de Porto Alegre, onde uma cooperativa fornece papel reciclado para a prefeitura. Valdir Nunes, da Unifesp, lembrou o problema do acesso legal dessas organizações às licitações. Mônica Mastroianni, da Associação Saúde da Família, questionou a sustentabilidade no descarte dos materiais, citando como exemplo as lâmpadas energeticamente eficientes, que muitas vezes contêm metais pesados como o mercúrio.

Conselho ambiental em Casa Verde/Cachoeirinha

A subprefeitura da Casa Verde/Cachoeirinha inaugurou na terça-feira, 26, o conselho ambiental, composto por administração local e sociedade civil, com a participação de agentes comunitários dop PAVS. Para celebrar a nova articulação, houve um evento na quadra da escola de samba Unidos do Peruche.

A criação de conselhos ambientais por subprefeitura foi instituída por portaria intersecretarial assinada pelo secretário do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, e publicada no Diário Oficial em novembro do ano passado.

Aumente o verde na sua casa


Com a proposta “aumente o verde na sua casa”, 22 agentes comunitários de saúde (ACS), da UBS Milton Santos, comemoram o aniversário da unidade com a doação de 300 mudas de plantas ornamentais, no dia 28/02/08.

Dentre as mudas, que foram doadas pelo Viveiro Manequinho Lopes, as equipes distribuíram: Flor Leopardo, Gazânia, Hibisco, Malvavisco, Lírio Amarelo, Lírio Laranja.

A UBS Milton Santos, na Saúde (região sudeste), completou seis anos. Ao longo desse tempo, construiu uma história de envolvimento e participação dos usuários. E a idéia de ampliar as áreas verdes faz parte das ações que os ACS vêm desenvolvendo com as famílias de áreas que identificaram como vulneráveis.

A festa que aconteceu dentro da própria unidade, com participação comunitária, também teve apresentação musical que alegrou a celebração.

PAVS na mídia

O Jornal Cantareira publicou na última edição texto sobre o PAVS assinado pelo gestor local Edson Santos, que atua na zona norte. A publicação circula nos distritos de Perus e Brasilândia.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Planejar e agir

Como contribuir para montar alianças locais sem fazer parte da comunidade? A resposta não é nada simples


Há mais atores em um território do que imaginamos à primeira vista


Nesta semana, começou a fase de Planejação do PAVS. O nome esquisito vem da idéia de que é necessário traçar um planejamento ao mesmo tempo em que se executa uma ação. Para auxiliar os gestores locais nessse desafio, os consultores Cassio Luiz de França, José Carlos Vaz e Sérgio de Arruda Sampaio foram convidados a colaborar nesta etapa da formação.

As atividades de segunda-feira, 18, tiveram dois temas principais: governabilidade e mobilização na comunidade. "Governabilidade é a necessidade de ter todas as condições políticas para viabilizar determinada ação", explica França, que é cientista social e especialista em políticas públicas. "E ela se encontra com a mobilização no momento em que se percebe que nós não temos governabilidade para dizer que a comunidade está mobilizada porque não fazemos parte dela, e é ela que tem que se organizar sozinha", completa.

Com esses dois conceitos em mente, os gestores de cada região puderam identificar os atores dos locais onde o PAVS acontece e pensar na influência negativa ou positiva que cada um deles pode ter. Na zona centro-oeste, por exemplo, Valdir Nunes, Leandro Bellini e a gestora regional Eveline Limaverde notaram que a ausência de um potencial parceiro em projetos na região pode torná-los muito menos abrangentes, ou até inviabilizá-los.

"Foi interessante que os gestores tenham percebido quantos atores estão no mesmo território. Pode parecer óbvio, mas quando colocamos no papel, é um choque: não estamos sozinhos aqui", conclui Cassio.

Dia de feira

Oficina leva à população exemplos diários de consumo sustentável


As agentes comunitárias da UBS Parque Regina, no Campo Limpo (zona Sul de São Paulo), promoveram na última quinta-feira, 21, oficinas de reciclagem com os moradores do bairro. As atividades do dia, que aconteceram de manhã e à tarde, foram conduzidas pelos gestores locais do PAVS Rodrigo Giovannetti e Tânia Mattar. Espaços coletivos, consumo consciente e coleta seletiva foram os temas centrais. Houve ainda a presença de catadores da região. Todos foram convidados a levar seu próprio lixo reciclável.

Na oficina, Tânia usou o exemplo de um dia de feira para mostrar o contraste entre o valor de compra do dinheiro e o costume de desperdiçar alimentos.

Ao final da tarde, os gestores organizaram uma gincana com as crianças da comunidade. Dividiram-nas em três grupos e pediram a elas que separassem o lixo levado pelos participantes do evento de acordo com os materiais. Rodrigo conta que, antes de encerrar a brincadeira, perguntou-se aos pequenos quem ganhava com essa separação. "Em vez de responderem que ganhava um ou outro, eles disseram que quem saía no lucro éramos todos nós. Eles já entendem a coleta como um dever de todos", conta o gestor.

PAVS em imagens



O PAVS agora tem galeria de fotos na internet. Veja as fotos das atividades das duas últimas semanas aqui.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Meio ambiente é saúde básica

Edjane Torreão, coordenadora de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde, ressaltou a importância das parcerias entre a secretaria e outras instituições para dar mais força à área.

Como o PAVS pode contribuir com a área de saúde?
O PAVS é, de fato, uma proposta de saúde, porque leva consciência ao agente comunitário. O agente é o maior multiplicador junto à população, uma vez que ele vive naquela região [onde trabalha]. Então, o PAVS é uma estratégia transversal. O projeto conscientiza o agente comunitário para os problemas do território,. O projeto consolida a estratégia do PSF.

Qual é a atual meta de expansão do PSF?
A partir do diagnóstico epidemiológico, o PSF vem sendo expandido. Nesse momento, o foco é na região central do município. Na região Sul, todas as antigas equipes do Plano de Atendimento à Saúde (PAS) foram substituídas por equipes completas do PSF. E ampliaremos 25 equipes do PSF na Centro-Oeste, região que agrega maior número de moradores de rua e população em situação de exclusão social.

Quando essa expansão vai acontecer?
O processo já começou neste mês de fevereiro, em parceria com as Irmãs Hospitaleiras. Elas têm um trabalho na região Sul do município e experiência em saúde mental.

A intersetorialidade vai continuar na Atenção Básica?
Esse projeto existe e continua, nós vamos fortalecê-lo.

Juventude atuante

Na zona norte, adolescentes participam de rearborização


Jovens do bairro Jova Rural, no Jaçanã (zona norte de São Paulo), aprenderam neste mês a plantar e cuidar de mudas vegetais em calçadas e canteiros públicos. Para completar o aprendizado, colaboraram com uma ação de plantio no bairro, iniciada quarta-feira (13), com o objetivo de rearborização da área.

O Jova Rural é um conjunto habitacional do CDHU. Ddesde 1992, data de sua entrega, perdeu boa parte de seu verde. Os adolescentes participam de projetos da Associação de Mulheres Amigas da Jova Rural, organização parceira da Secretaria Municipal da Assistência e Desenvolvimento Social.A preparação para o plantio teve o acompanhamento das gestoras locais do PAVS Verilda Santos Aguiar e Maria Conceição da Silva, além de apoio do Núcleo Norte da SVMA.

O plantio começou pelo terreno do núcleo socioeducativo da associação, passando em seguida para as ruas no entorno. Já foram plantadas 50 mudas - o número foi calculado pelos próprios jovens, que também ficarão responsáveis por cuidar das pequenas árvores. Ao final da arborização, o número de novas mudas deverá chegar a cem.

PAVS na imprensa

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Na retomada, avançam as intervenções nas comunidades

Milhares de agentes comunitários que participam do Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS), em São Paulo, começam a se dedicar às ações e aos projetos de intervenção local


Estimulados pela aquisição de novos conhecimentos, por meio de um programa de formação na temática saúde e meio ambiente integrados, os 5 mil agentes comunitários da capital paulista que participam do PAVS iniciam uma etapa de desenvolvimento de projetos e ações nas comunidades.

“Esta etapa é muito importante para consolidar o desenvolvimento dos conteúdos trabalhados no ano passado. Agora vamos concentrar esforços em definir e priorizar projetos para melhorar a qualidade ambiental nas áreas atendidas pelos agentes comunitários de saúde”, explica Hélio Neves, diretor do PAVS.

Os projetos de intervenção - que constituirão um banco de projetos - serão formulados a partir do ponto de vista e das necessidades da população, contemplando especificidades locais e regionais.

Ao visitar as famílias de sua área de atuação, por exemplo, o agente está preparado para identificar uma demanda de saúde pública que tenha relação com a questão ambiental ou social. Assim, ele pode estimular a comunidade a refletir sobre a situação. E, dessa articulação, pode surgir uma ação ou um projeto de intervenção que solucione um problema ou que proporcione melhorias para a localidade.


Formação permanente

Em 2008, o PAVS dá continuidade ao programa de formação dos gestores locais do projeto, iniciado em 2007. O objetivo é ampliar os conhecimentos dos participantes para que identifiquem as demandas regionais e desenvolvam junto com a comunidade, ações que resultem em qualidade de vida.


Sala Verde

Estão sendo criadas as Salas Verdes do PAVS, espaços para articulação de saberes, fortalecimento de redes locais e acolhimento de atividades referentes ao projeto ou à temática da saúde, do meio ambiente e da educação.

A Sala Verde - atualmente em funcionamento apenas em ambiente virtual (http://salaverdepavs.blogspot.com) - reúne informações e material para consulta em áreas afins. Assim que inaugurada será aberta a diferentes públicos, dispondo de acervo físico e terminais de computador com acesso à internet. Vai abrigar tanto exposições referentes às ações de intervenção, quanto eventos em parceria com instituições externas.


Histórico

O PAVS é uma experiência de sucesso em ação pública integrada. A iniciativa une três secretarias do município de São Paulo - Saúde, Verde e Meio Ambiente, Assistência e Desenvolvimento Social - além de selar parcerias com instituições internacionais, organizações não-governamentais e universidades.

A proposta do PAVS é implementar políticas públicas voltadas para a inclusão das questões ambientais no conjunto das ações de promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida da população.

Em 2007, cerca de 80 educadores e aproximadamente 5 mil agentes comunitários (de saúde e de proteção social) receberam formação em seis eixos temáticos:

  • 1. Lixo

  • 2. Água e energia

  • 3. Biodiversidade

  • 4. Convivência saudável com animais e zoonoses

  • 5. Consumo consciente

  • 6. Cultura de paz e não-violência


Foram realizados seminários integradores que reuniram mais de 10 mil pessoas, entre educadores, agentes comunitários e representantes da comunidade.


Agenda de formação (aberta para integrantes do PAVS):


  • * 11/2, 9h

    Tema: As oportunidades do PAVS - secretários e representantes de Secretaria Municipal da Saúde, Secretaria do Verde e Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Diretor do PAVS


  • * 14/2, 9h

    Temas:

    a) O histórico do SUS e as questões atuais do PSF - Leni Uchoa - a confirmar

    b) O processo de implantação do PSF na cidade de São Paulo - Karina Calife

    c) Saúde e Território - Prof. Carlos Alberto Carvalho


  • * 14/2, 14h

    Temas:

    a) Participação e Parceria no SUS - Vera Schattan

    b) Participação nos Conselhos de Saúde - Vera Schattan

    c) A formação dos ACSs - Ausônia F. Donato

    d) Intersetorialidade e parcerias no SUS - Rose Inojosa



Realização: Prefeitura de São Paulo - Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) e Secretaria Municipal da Assistência e Desenvolvimento Social (SADS)

Organizações implementadoras parceiras: Associação Saúde da Família (ASF), Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Associação Congregação de Santa Catarina, Centro de Estudos e Pesquisa Dr. João Amorim (CEJAM), Sociedade Beneficente Israelita, Brasileira Hospital Albert Einstein, Instituto Adventista de Ensino (UNASP), Organização Santamarense de Ensino (UNISA), Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, Casa de Saúde Santa Marcelina.

Saúde e renda andam juntas

Cidade Ademar promove coleta seletiva e economia solidária

Agentes ecológicos recebem orientações sobre saúde bucal na UBS Vila Império
(Foto: Jussara Cássia)

Fortalecer grupos de catadores de lixo em áreas de alta vulnerabilidade social: esse é o objetivo do projeto que os parceiros da Associação Congregação Santa Catarina estão colocando em prática na região de Cidade Ademar, zona Sul de São Paulo.

Idealizada dentro do PAVS, a proposta integra comunidade, equipes técnicas do Programa de Saúde da Família e catadores em um trabalho de conscientização sobre a importância da coleta seletiva. Depois dessa etapa de formação, iniciada em entre julho e agosto do ano passado, a idéia é ajudar os agentes ecológicos a montar cooperativas, de modo que a atividade da coleta e triagem se transforme em uma alternativa de sustento das famílias.

Jussara Cássia da Silva e Emília Sant'Anna, gestoras locais do PAVS em Cidade Ademar e Pedreira, explicam que o objetivo é criar oportunidades para que esses "cuidadores do meio ambiente" se profissionalizem e negociem seu material a preços justos, diretamente com as indústrias recicladoras.

Na área do PSF em que a Associação atua, quatro grupos estão trabalhando com as UBSs Jd. Apurá, Vila Império, Aparecida e Mata Virgem. Além da sensibilização, tanto dos cuidadores quanto dos moradores, está sendo feito o cadastramento dos participantes do projeto. A partir de outubro, as casas que aderem recebem um selo com os dizeres "Coleta seletiva, eu participo", para ser colado na porta. Desde então, contam as gestoras, o volume de lixo reciclável coletado aumentou.

O projeto deve atingir toda a zona Sul da cidade, num total de nove grupos atendidos. Jabaquara, Capela do Socorro, Parelheiros, M'Boi Mirim e Campo Limpo também poderão ser contemplados com auxílio, consultoria e oficinas de aprimoramento em organização e gerenciamento de cooperativas, gestão de negócios e de recursos humanos. Está prevista ainda a instalação de um armazém único para a comercialização em rede solidária do material produzido.

O sucesso da iniciativa, porém, depende de apoio financeiro. "Estamos em um momento de captação. Enviamos o projeto para a Petrobras, mas estamos buscando outras parcerias para tornar tudo isso possível", conta Jussara, que participou como educadora da primeira etapa de formação do PAVS.


Sabão auto-sustentável

Também na Cidade Ademar, agentes comunitárias de duas UBS começam comercializar nos mercados de seus bairros um produto produzido por elas em conjunto com outras moradoras: o sabão caseiro. Fácil de fazer, o sabão é uma alternativa para poupar o meio ambiente dos descartes de óleo de cozinha. Grupos do Mar Paulista e da Vila Império se juntaram em oficinas para manufaturar o produto e venderam entre a comunidade.

Com o dinheiro da venda, a comunidade adquiriu material para futuras oficinas, gerando uma rede de comércio solidária e disseminando um conhecimento da técnica de reciclagem.

As moradoras da Vila Império realizaram sua primeira oficina de sabão na sexta-feira passada, dia 1º de fevereiro. A turma do Mar Paulista já está na terceira oficina, prevista para dia 22 de fevereiro.

Espaço sustentável

A Sala Verde Central vai abrigar conteúdos e mostras referentes à temática do PAVS

A sala será sede do acervo do PAVS

Um lugar para trocar informações sobre meio ambiente vai ser inaugurado na Umapaz. Trata-se da Sala Verde Central do PAVS, concebida a partir da idéia de “sala de situação” - reservada ao debate de casos e iniciativas, utilizada por profissionais da saúde e estrategistas militares. O local, que será aberto ao púbico, vai oferecer computadores, ambiente para exposições e acesso ao acervo de publicações e informações reunidas pelo PAVS. Enquanto o espaço físico está sendo preparado, é possível “entrar” na sala virtual por meio do blog http://salaverdepavs.blogspot.com.

Maurício Acuña, da equipe de sistematização do PAVS, conta que a função da Sala Verde é concentrar e difundir informações, criar redes intersetoriais entre os participantes do projeto e dar visibilidade às ações realizadas pelos agentes comunitários.

O novo espaço vai abrigar o Banco de Projetos do PAVS, promover debates, exposições, fóruns e encontros temáticos, além de receber visitas monitoradas de escolas, equipes de PSF, ONGs. “Eventos como esses favorecem a aproximação entre os diversos atores do projeto, o poder público e a sociedade civil”, diz Acuña.

Estima-se que sejam instaladas mais cinco salas com as mesmas características, uma em cada região da cidade.


Móveis reciclados

Na marcenaria, velhas tábuas se transformam em pastilhas que
formam novos móveis (Foto: Silvana Salles)
A Sala Verde vai ser ainda uma referência física de sustentabilidade ambiental. O projeto arquitetônico, criado por Helma Katia Sena e Silva, designer carioca radicada em Aracaju, privilegia madeira de reflorestamento, reciclagem, reaproveitamento da luz natural e a cromoterapia. “Muitas pessoas resistem à idéia de pesquisa em design. Argumentam que design é diferente, que nada tem a ver com pesquisas e estudos, rejeitam o enfoque científico. Não é bem assim”, diz Helma. “Devido à crescente preocupação com o ambiente, é cada vez mais importante desenvolver produtos tecnologicamente corretos”.

O trabalho de marcenaria ficou a cargo de Antonio Vespoli Neto, da Madeira Design, que trabalha há dez anos com madeira reciclada, de tábuas tiradas de reformas residenciais, móveis velhos e rejeitos de madeireiras. “Às vezes pegamos a madeira das caçambas. Outras, pedimos para os donos de casas em reforma deixarem o descarte conosco”, diz o designer marceneiro. Os móveis da Sala Verde, por exemplo, foram feitos com peroba-rosa da escada de uma residência reformada.

Uma conquista e tanto

Participantes do PAVS na zona leste movimentam comunidade e criam espaço de lazer


Agentes comunitários da UBS Jardim Conquista II, na zona leste de São Paulo, transformaram um terreno baldio em uma praça com espaço para jogos e atividades físicas. O projeto de recuperação do local começou pela limpeza do terreno, na Semana do Meio Ambiente, em julho do ano passado. Foi uma atividade proposta pelas agentes da unidade, que na época participavam da capacitação oferecida pelo PAVS.

A praça fica entre as travessas Tristeza do Jeca e Tantos Caminhos, na área de atuação do posto de saúde. Embora constasse nos registros da Subprefeitura de São Mateus como área de lazer, o local estava abandonado. Depois da limpeza, tanto a comunidade quanto o poder público se empenharam na revitalização. Hoje, os moradores desfrutam de jardins arborizados, bancos para descanso, mesas para jogos de tabuleiro e área de recreação para crianças. Uma passarela decorada com mosaico de pedras está sendo construída.

O novo espaço ainda não tem nome, mas deverá ser batizado pela comunidade do bairro.

Natal ecológico

Equipe da Casa Verde fez festa para marcar ação em favor do meio ambiente

A decoração de 2,5 metros foi exposta
no telhado da unidade
(Foto: Silvana Salles)

Pequenos gestos têm grande impacto no cuidado com a vida. Um bom exemplo disso foi a árvore de Natal feita pela UBS Vila Santa Maria, na Casa Verde. No dia 3 de dezembro, a equipe local do Programa de Saúde da Família (PSF) acendeu as luzes de sua árvore natalina, totalmente reciclável, confeccionada por agentes comunitários integrantes do Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS). Para compor a estrutura, de 2,5 metros de altura, foram utilizados materiais descartados como 1.110 garrafas PET, ferro e pedaços de papelão.

A inauguração da árvore de Natal foi uma festa para os moradores, que também puderam desfrutar de apresentações do Coral da Terceira Idade e da bateria dos agentes de saúde, com instrumentos feitos de materiais reciclados.

Prestigiaram a ocasião representantes do PAVS, da Coordenação de Saúde Norte, da Supervisão Regional de Saúde Casa Verde/Cachoeirinha, da Associação Saúde da Família, do PSF, da Subprefeitura da Casa Verde, da Câmara dos Vereadores e da Associação Anjos da Paz - esta, parceira da UBS.