Histórias de educador
Eliete Fernandes da Silva, 44 anos, nasceu em Fernandópolis, interior do estado, e veio para São Paulo ainda criança. Conheceu riachos limpos e córregos sujos e diz ser uma ambientalista “desde que eu me entendo por gente”. Depois de desistir dos cursos de Biologia e História, se formou em Gestão Ambiental pela FMU. O seu sonho está na ponta da língua: "poder continuar trabalhando com a questão da educação".
Antes de entrar no PAVS, trabalhou em diversos projetos na área ambiental, como Rios Cidadãos da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente e um programa de reaproveitamento organizado pelo Sesc Itaquera. No PAVS, atua junto às turmas de Pedro Nunes e União Vila Nova, em São Miguel Paulista, zona leste da capital.
É o seu primeiro contato profissional com agentes comunitários. “Às vezes, as pessoas pensam que pelo baixo grau de instrução, você está lidando com leigos. Mas não são leigas, elas sabem exatamente o que fazem, são pessoas que têm um conhecimento muito amplo de política social".

Francisco partiu para a bioarquitetura, após anos de inquietação com o grande desperdício de materiais e poluição gerado pela indústria da construção civil convencional. Tentou trilhar um caminho ecológico como arquiteto, mas encontrou resistências no mercado de trabalho. “Uma das maneiras que eu encontrei de continuar foi justamente a de educar o mercado, ou seja, educar as pessoas”.
Responsável pelas turmas do Jardim São Luis, na zona sul, ele está animado com o PAVS. Afinal, é o primeiro projeto de educação ambiental do qual participa que não tem como foco a arquitetura.

“Eu acredito na importância de as pessoas serem tocadas sobre o tema ambiental, mesmo que um pouquinho. Meu sonho é que todas multipliquem os seus conhecimentos, não guardem para si. Eu fiquei um bom tempo guardando algumas coisas que eu sabia, e quando eu coloquei para fora foi muito bom para mim, poder ver os resultados que isso estava dando”.
Sandro está trabalhando, no PAVS, com as turmas de Sapopemba, bairro situado na região Sudeste da cidade. A arte e a poesia têm feito parte dos encontros. “A linguagem lúdica, artística permite a gente visualizar o que os participantes estão pensando”, explica Sandro, que já propôs atividades de Artes Plásticas e Teatro para o grupo. “Numa peça de teatro, podemos ver qual seria a ação dos agentes em campo."
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