Agentes ecológicos
PAVS dá novo fôlego a trabalho de cooperativa na zona sul da capital.

(Fotos: Jussara Salles)
No Recicla Vera Cruz, Solange Maria dos Santos, que também é agente comunitária, afirma: “o agente ecológico não é nenhum coitadinho, ele tem orgulho do trabalho que desempenha. A maioria sustenta a família, e alguns têm filhos na universidade”.
Esse projeto foi criado há 13 anos, na zona sul de São Paulo, por moradores que viviam em área de manancial e por isso enfrentavam muitas dificuldades para conquistar melhores condições de vida. Então, decidiram agir para mostrar que não estavam ali só para ocupar.

dos Santos (à direita) é agente ecológica
e agente comunitária de saúde
Hoje, 12 agentes ecológicos vivem da reciclagem e levantam, em média, R$ 400,00 por mês, nos bairros Horizonte Azul e Vera Cruz, Capela, Calú, Aracati e Jardim Ângela.
Com a chegada do PAVS, o trabalho de educação e conscientização ambiental na comunidade ganhou um reforço extra. “Mas as mudanças são lentas", adverte Socorro, "mas espero que as pessoas abram mais a cabeça.”
Solange foi uma das fundadoras do Vera Cruz, depois virou agente comunitária e levou a proposta de conscientização sobre a questão do lixo e da reciclagem para o local de trabalho com a expectativa de envolver mais gente na batalha. Dizia que não conseguia conceber a idéia de saúde sem melhorias ambientais.
Ao longo da história, muitas pessoas já passaram pelo Vera Cruz. Há uma grande rotatividade de pessoas, por motivos variados. “O importante é que quem passou por aqui levou algum tipo de informação, saiu mais consciente da sua responsabilidade ecológica e social”, complementa a agente.
A presença do PAVS auxiliou na articulação das instituições locais, demonstrando que ações singelas podem fortalecer a comunidade e construir mais qualidade de vida.
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