sexta-feira, 13 de julho de 2007

Agentes ecológicos

PAVS dá novo fôlego a trabalho de cooperativa na zona sul da capital.


Grupo de agentes ecológicos trabalha com reciclagem no M' Boi Mirim
(Fotos: Jussara Salles)


No Recicla Vera Cruz, Solange Maria dos Santos, que também é agente comunitária, afirma: “o agente ecológico não é nenhum coitadinho, ele tem orgulho do trabalho que desempenha. A maioria sustenta a família, e alguns têm filhos na universidade”.

Esse projeto foi criado há 13 anos, na zona sul de São Paulo, por moradores que viviam em área de manancial e por isso enfrentavam muitas dificuldades para conquistar melhores condições de vida. Então, decidiram agir para mostrar que não estavam ali só para ocupar.

Muito atuante na comunidade, Elisiana
dos Santos (à direita) é agente ecológica
e agente comunitária de saúde

Hoje, 12 agentes ecológicos vivem da reciclagem e levantam, em média, R$ 400,00 por mês, nos bairros Horizonte Azul e Vera Cruz, Capela, Calú, Aracati e Jardim Ângela.

Com a chegada do PAVS, o trabalho de educação e conscientização ambiental na comunidade ganhou um reforço extra. “Mas as mudanças são lentas", adverte Socorro, "mas espero que as pessoas abram mais a cabeça.”

Solange foi uma das fundadoras do Vera Cruz, depois virou agente comunitária e levou a proposta de conscientização sobre a questão do lixo e da reciclagem para o local de trabalho com a expectativa de envolver mais gente na batalha. Dizia que não conseguia conceber a idéia de saúde sem melhorias ambientais.

Ao longo da história, muitas pessoas já passaram pelo Vera Cruz. Há uma grande rotatividade de pessoas, por motivos variados. “O importante é que quem passou por aqui levou algum tipo de informação, saiu mais consciente da sua responsabilidade ecológica e social”, complementa a agente.

A presença do PAVS auxiliou na articulação das instituições locais, demonstrando que ações singelas podem fortalecer a comunidade e construir mais qualidade de vida.

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