sexta-feira, 13 de julho de 2007

Despedida em clima de paz e festa

Final da formação da primeira fase do PAVS priorizou a Cultura de Paz


O programa de formação do PAVS terminou neste começo de julho com o tema “Cultura de Paz”. O principal objetivo deste módulo foi aprender a trabalhar em situações de conflito de forma pacífica. Porém, o conteúdo não ficou só neste aspecto. Sustentabilidade e plantio de árvores, por exemplo, foram dois assuntos que também entraram em cena.

Entre as atividades desenvolvidas com os agentes, os educadores organizaram duas visitas a áreas verdes da cidade: ao Solo Sagrado de Guarapiranga e ao Parque do Ibirapuera.

A visita ao Solo Sagrado, situado no bairro de Parelheiros, zona Sul, aconteceu no final de junho. Em média, 60 mil pessoas visitam o Solo Sagrado todo mês, mas grande parte dos agentes comunitários da região pisaram lá pela primeira vez. Oportunidade que também propiciou o reconhecimento das iniciativas de sustentabilidade do local por meio de palestras, caminhadas e visitas às estações construídas dentro da área.

O Solo Sagrado está localizado à margem sul da represa de Guarapiranga, região da Mata Atlântica e considerada área de mananciais. Pensando nisso, o Solo Sagrado construiu uma estação elevatória de esgoto e uma rede de tubulação de 6 km de extensão, para enviar os efluentes até a rede estadual de tratamento. Toda a água utilizada no local é proveniente de poços artesianos, não sendo consumida água da represa de Guarapiranga.

Entre 3 e 5 de julho, foi a vez do Viveiro Manequinho Lopes receber visitas de turmas de agentes das zonas Sul e Norte. Localizado dentro do Parque do Ibirapuera, o local é utilizado como berçário para todas as mudas que a prefeitura planta na cidade. O destino fez parte do roteiro que as educadoras Adriane Andrade, Emilia Sant’Anna, Jussara Cassia e Simone Miketen, da Associação Congregação Santa Catarina, prepararam para suas turmas da região de Santo Amaro e Cidade Dutra, ambas da região Sul.

Antes do Viveiro, os agentes puderam conhecer o Museu Afro Brasil e fazer um piquenique no gramado do parque. Depois de aprender um pouco mais sobre o cultivo de mudas, a visita que fechou a tarde foi ao Planetário – com a participação das turmas do M’ Boi Miriam da Associação Comunitária Monte Azul que também estavam no parque.


Chave de ouro


Turma costurou experiências para formar uma colcha
(Foto: Joanice Barbosa)

"O processo de formação foi coletivo, construído a várias mãos. Desde a definição dos conteúdos para cada módulo da formação, realizada em oficinas com as instituições parceiras, à seleção e metodologia de trabalho de cada especialista, finalizando no recorte do tema dado por cada educador e educadora, no trabalho com os agentes", diz Isabel Santos, da equipe executiva do PAVS. Pois se os vários meses de trabalho foram uma construção coletiva, o encerramento desta primeira fase não poderia ser diferente.

Cada educador buscou uma forma de celebrar o final deste ciclo. Na zona Norte, a educadora Joanice Parmigiani sugeriu à sua turma de terça-feira a montagem de uma “colcha do PAVS”. “No nosso penúltimo encontro, fizemos uma atividade de resgate de memória. Cada uma falou sobre sua relação com a cultura de paz, e ficou combinado que para o encontro seguinte, todas trariam um retalho de casa, que tivesse algum significado”, explica Joanice. Com os retalhos em mãos, as agentes comunitárias das unidades Cruz das Almas e Jardim Paulistano, sentadas em roda, explicaram o que cada pedaço de tecido representava. E cada pedaço era costurado ao retalho de outra pessoa, até formar uma colcha – o fio fazendo as vezes de metáfora para as histórias de vida que se juntam.

Piquenique organizado por educadores também teve
homenagem a pedagoga
(Foto: Jussara Cassia)


A colcha foi sorteada no encontro de avaliação. “A agente que ganhou seria a guardiã das colcha. Mas ela pediu que eu ficasse com o presente”, conta a educadora.

O final desta etapa também foi comemorada entre os 74 educadores do projeto, em confraternização com as outras equipes do projeto. Na sexta-feira, 6 de julho, atividades de yoga, massoterapia e dança circular foram coordenadas por alguns dos próprios educadores. O almoço foi um piquenique no gramado do Parque do Ibirapuera. Lá, eles homenagearam Ausonia Donato, da equipe pedagógica. E depois voltaram à Umapaz para fazer um sarau com muita música e poesia.

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