Planejar e agir
Como contribuir para montar alianças locais sem fazer parte da comunidade? A resposta não é nada simples
Há mais atores em um território do que imaginamos à primeira vista
Nesta semana, começou a fase de Planejação do PAVS. O nome esquisito vem da idéia de que é necessário traçar um planejamento ao mesmo tempo em que se executa uma ação. Para auxiliar os gestores locais nessse desafio, os consultores Cassio Luiz de França, José Carlos Vaz e Sérgio de Arruda Sampaio foram convidados a colaborar nesta etapa da formação.
As atividades de segunda-feira, 18, tiveram dois temas principais: governabilidade e mobilização na comunidade. "Governabilidade é a necessidade de ter todas as condições políticas para viabilizar determinada ação", explica França, que é cientista social e especialista em políticas públicas. "E ela se encontra com a mobilização no momento em que se percebe que nós não temos governabilidade para dizer que a comunidade está mobilizada porque não fazemos parte dela, e é ela que tem que se organizar sozinha", completa.
Com esses dois conceitos em mente, os gestores de cada região puderam identificar os atores dos locais onde o PAVS acontece e pensar na influência negativa ou positiva que cada um deles pode ter. Na zona centro-oeste, por exemplo, Valdir Nunes, Leandro Bellini e a gestora regional Eveline Limaverde notaram que a ausência de um potencial parceiro em projetos na região pode torná-los muito menos abrangentes, ou até inviabilizá-los.
"Foi interessante que os gestores tenham percebido quantos atores estão no mesmo território. Pode parecer óbvio, mas quando colocamos no papel, é um choque: não estamos sozinhos aqui", conclui Cassio.
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